segunda-feira, 22 de março de 2010

Versejando

Eu era a rainha de copas,
Você o rei de paus.
Juntos por várias rodadas,
Na mesa ou nas mãos do jogador.
Até que de repente...
Uma canastra nos separou.
E o tempo passou...

Fui a corda e a âncora
Que segurava o barco no lugar.
Você, o barco pomposo,
Feito para nunca naufragar...
Mas quem podia imaginar
Que na corredeira logo à frente
Eu ficaria presa entre as pedras
E você, despedaçado no fundo do mar...

Você era o lobo que vagava à noite
E eu o falcão que voava ao sol raiar.
Como na lenda muito antiga
Não havíamos de nos encontrar.
Mas no dia do eclipse,
Eu o vi naquela fração de segundo
Antes da morte me encontrar...

Minha alma ainda vaga
Solta aqui e em todo lugar.
Mas em que mundo andará a sua?
Na poesia que agora escrevo
És a letra, a idéia a rima
E eu fico olhado através da telinha,
Esperando que tudo vá se apagar.

Lilia Maria

Gente! Que desgraceira... Eu não acredito que escrevi isso!!!
Enfim... A idéia nem é original...

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