terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Jogando vôlei de olhos vendados

Alguém já pensou em jogar vôlei, ou outro esporte qualquer desta natureza, de olhos vendados? 12 em quadra jogando às cegas é impossível, além da bola acabar perdida, fica difícil os jogadores se movimentarem sem um derrubar o outro. Vamos pensar numa coisa mais fácil...
Imagine duas pessoas tentando bater bola. Um de olhos vendados e o outro não. Melhorou muito... Mas nem tanto...
O que está de olho vendado pode jogar a bola para o outro. Ele não sabe exatamente a direção e a que distância a bola tem que chegar. Mesmo o que irá receber podendo ver, a bola pode ter tanta força e velocidade que ele não consegue pegar, ou ao contrário. Ele pode estar totalmente à esquerda e a bola ser jogada à direita. São inúmeras as possibilidades.
Mesmo que se coloque o comando de voz, ainda assim é muito difícil. Sempre estará faltando enxergar para que o cérebro calcule com certa exatidão a força e a direção a jogar.
Se esta primeira jogada consegue ser feita, e é feita a devolução com precisão, agora quem recebe não vê a bola chegar e fica difícil decidir se a recepção será com toque ou com manchete, pois não se tem idéia se a bola está mais alta ou baixa e nem mesmo a sua velocidade. Devolver a bola neste caso que quase loteria...
Muitas vezes dentro de relacionamentos, podemos estar agindo como se jogássemos vôlei de olhos vendados. A venda pode ser colocada em nossos olhos pelo outro eu nós mesmos que vendamos nossos olhos para não vermos aquilo que não queremos. Perceber que isto está acontecendo já é um bom começo. Tirar a venda e treinar a jogada é altamente gratificante, desde que os dois percebam que nem sempre elas saem perfeitas e que tudo depende de um aprendizado. Chegar ao ponto do jogo correr por muito tempo sem a bola cair é a glória!!!!
É aí que sempre espero chegar, seja com os amigos, os colegas, as filhas, o amor... E tudo é uma questão de confiança...

Lilia Maria

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