quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Entrando no espírito do Natal

Ontem entrei no espírito de Natal. Montei a árvore, troquei o enfeite da porta por um que veio de Barcelona na bagagem da minha filha Andrea, acertei a ligação das luzes da varanda, achei uma porção de coisinhas que espalhadas pela casa lembram que estamos em clima de festas.
Lembrei que quando montei a minha primeira árvore, a Luciana tinha pouco mais de dois meses. Minha avó Lilia me deu de presente uma caixa enorme, cheia de enfeites muito antigos, feitos de vidro soprado e pintados à mão. Lindos! Minha mãe me deu as luzes. Cada lâmpadazinha tinha um formato diferente. Ficou muito bonita, muito colorida, muito viva.
Na véspera do Natal recebemos algumas visitas, entre elas, Maurízio e Maria Lúcia Cozzi com o filho Marco. O garoto ainda era muito pequeno, loirinho, bonito, parecia um querubim. Creio que ele tinha, na época, dois anos e meio. Ele ficou encantado e, como toda criança, foi logo “olhando com as mãos”. Eu fiquei apavorada. A Lúcia me disse com toda a calma: sossega, ele brinca com os meus enfeites também. Com a minha resposta, creio que ela ficou mais apavorada que eu: os seus enfeites são de plástico, mas estes são de vidro... A espessura do vidro soprado é mínima e corta como uma navalha.
No ano seguinte, quando fui enfeitar a casa para o Natal, lembrando do que havia acontecido no ano anterior, fiz todos os enfeites da árvore com base de papel. Sinos, anjos, estrelas, botas, lanternas, tudo feito de papel dos mais diversos tipos enfeitados com rendas, fitas, sianinhas, entremeios, lantejoulas e por aí vai. Criativo, prático, barato e acima de tudo não oferecia nenhum risco para a minha menininha. Para sorte do Marco e da Lú, aprendi a lição.
Natal, do jeito que é comemorado no Brasil, é uma festa mais para as crianças. Poucos se lembram que o que se comemora é o nascimento de Jesus. Mas, enfim, quem sou eu para lutar contra as idéias dos mais jovens e agnósticos...
Acho que no dia que eu tiver meus netinhos vou fazer tudo de novo. Claro que, hoje em dia, os enfeites são inquebráveis e bonitos, mas nada como usar a criatividade para fazer com carinho coisas originais. E, vou aproveitar também para contar a eles o que significa a noite de Natal.

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