segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Balanço

Dezembro não pode acabar sem, pelo menos, mais uma postagem. Estou ensaiando há dias para escrever. São tantas coisas... Dezembro é o mês do balanço. Primeiro por conta do meu aniversário, depois pelo final do ano. Enfim, cheguei ao meu qüinquagésimo sétimo aniversário e 2009 está no seu momento final. Foi um ano de muitas mudanças e de grandes emoções.
Dezembro de 2008 terminou com a minha aprovação para a pós-graduação. Apesar desta alegria, foi um final de ano difícil. No dia que saiu a minha aprovação eu estava em São Carlos, na casa do André e da Ju, curtindo a festa de formatura do meu afilhado Lorenzo. Quando telefonei para casa fiquei sabendo que meu pai estava internado por causa de uma crise de diverticulite. Voltei imediatamente para São Paulo. Quase passamos o Natal no hospital. Ele teve alta no dia 24. Em virtude das conseqüências desta crise passei janeiro inteiro no PA do Hospital IGESP. Meu pai tomava um medicamento em duas doses diárias e a aplicação só poderia ser feita em ambiente hospitalar.
Em fevereiro começou a pós-graduação. Eu estava bastante empolgada, mas não foi nada fácil retomar os estudos depois de mais de 30 anos. Apesar de tudo eu me divertia dizendo para os professores que eu tinha mais anos de formada do que eles de idade. Quem pagou para ver se surpreendeu. Muitos admiravam e respeitavam a minha coragem em começar tudo outra vez.
Em março, buscando uma bibliografia para um trabalho descobri o Zezo Cintra na ECA. Foi o reencontro do ano. Quer dizer, para mim foi um reencontro, pois ele não tinha a mínima idéia de quem eu era. Resgatei algumas lembranças perdidas no “buffer de memória”, escrevi belos poemas, busquei manter um relacionamento amigável, mas foi em vão. Em algum momento errei a medida. Claro que na vida atribulada que ele leva não deve ter muito espaço para gente comum como eu, mas com certeza não é só isso. Embora a foto dele esteja aqui no meu mural, no meio dos meus amigos mais queridos, hoje nossos encontros ficam por conta do acaso.
Abril chegou e lá fui eu de novo para o IGESP. Desta vez com a minha mãe. Ela, que já havia quebrado o fêmur esquerdo já alguns anos, desta vez quebrou o direito. Foram dias de internação. Quase perdi o trimestre na Universidade. Internada, ela caducou de vez. Não reconhecia as pessoas e não tinha noção do que estava acontecendo com ela. Foi preciso amarrá-la na cama.
Quando voltamos para casa precisava ter vigília ao lado da cama 24 horas, pois na primeira noite em casa ela aproveitou um momento de distração e foi engatinhando ao banheiro. Quase que tivemos que voltar ao hospital. Por conta da atenção que dispensávamos à mamãe, meu pai ficou carente e eu precisava me desdobrar em 4: filha da Lygia, filha do Breno, estudante da UFABC e dona de casa. Tempos difíceis.
Claro que muita coisa boa aconteceu também. Acrescentei a Drica, a Ana, o Tiago e tantos outros na minha vida. Finalmente o Ramon e eu conseguimos estabelecer um clima de cordialidade entre nós. Conheci o Riva, pena que não conseguimos mais nos ver, mas vamos ver se no próximo ano a gente corrige isso...
Em setembro fui com a Cidinha, a Cris e a Carla para Buenos Aires. Além da viagem ter sido ótima, conhecer a Carla foi muito bom. Hoje ela faz parte do meu grupo de amiga mais chegadas.
No final de outubro “conheci” os irmãos Caruso. Carla, Cris e eu fomos ver um espetáculo deles no auditório Ibirapuera e acabamos a noite na Pandoro com o Chico, a esposa dele e a banda. Uma noite memorável. Pena que o Paulo não foi. Em compensação, quando eu escrevi uma mensagem cumprimentando-os pelo aniversário, foi a Júlia, esposa do Paulo quem fez o agradecimento.
Entre os meus resgates do ano, rever o Claudio D’Ipolitto foi muito, muito bom. Ele foi, sem dúvida nenhuma o meu grande amigo na época do IME. Daquela turma sobrou a Laurinha (minha comadre) e ele (que eu não via desde 1982). Quem sabe em 2010 eu consiga regatar o Mikka... Este eu não vejo desde 1980, mas o carinho e a amizade continuam aqui dentro do meu coração. Também não posso esquecer a Matilde Dias que eu chamo carinhosamente de co-co-orientadora. Nas horas mais difíceis ela tem me ajudado muito! E não é só no que diz respeito aos trabalhos da Universidade. Meu “grilo” Cris também não pode ser esquecido...
Outra pessoa muito querida a ser lembrada é o Rogério Santos, meu ex-aluno poeta-cantor. Finalmente no início do ano fui com a Cris ver uma de suas apresentações no Café Piu Piu. Adoramos!!!! Ele ganhou duas fãs. Vi inúmeros shows dele durante o ano e verei outros tantos enquanto viver...
Dezembro está chegando ao fim e eu estou aqui fazendo um balanço de tudo. Claro que este balanço é muito maior do que aqui escrevo... E que me desculpem os amigos que não foram citados... Acreditem, ninguém foi esquecido...
Uma coisa é certa: quero continuar com tudo aquilo que me fez feliz durante o ano de 2009. Quero acabar o pós-graduação até setembro, quero rever o Riva, tomar outros cafés com o Zezo, ver outros espetáculos dos Caruso com direito a esticadas pós-show. Quero viajar com as “meninas”, quero conhecer a casa do Claudio e da Carla (esposa do Claudio) no Rio, quero voltar a trabalhar...
Que 2009 termine num suspiro e que 2010 nasça para brilhar...

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