quinta-feira, 28 de maio de 2009

(Re)colhendo

São pequenos fragmentos
Que recolhemos ao longo do tempo
Que vão compondo a história de uma vida
Muitas vezes mais sonhada do que vivida.
Lembranças muitas vezes esquecidas,
Guardadas, trancadas, esmaecidas,
Que às vezes deixamos aflorar,
Agora até parecem sementes
Que, espalhadas ao longo da estrada
Florecem de forma desordenada.
Flores com cores e perfumes encantadores
Ou espinhos, guardados entre as folhagens,
Tudo tem que desabrochar!
É preciso cumprir o ciclo para a vida continuar.

Lilia Maria
22/03/2009
Este poema foi escrito para alguém que eu não via há mais de 40 anos. Não posso dizer que era um amigo, pois creio que falei com ele apenas uma ou duas vezes durante o ano de 1968. Porém estas poucas vezes foram tão importantes na construção da minha personalidade que jamais pude esquecer. Sou grata a ele até hoje por abrir os meus horizontes com as suas palavras muitos sábias para um jovem de 18 anos.
O reencontro foi uma experiência incrível! Por se tratar de alguém que foi um ídolo da minha adolescência, eu estava muito constrangida. Para mim era como se de repente o Chico Buarque estivesse ali na minha frente. Aliás, eu já conversei com o Chico e fiquei muito menos embasbacada do que estava naquele dia. Imagine só... eu era a própria idiota diante do ídolo.

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