sexta-feira, 29 de maio de 2009

USP - ô paixão!!!

Hoje (ontem) fui andar pela USP. Normalmente entro pelo portão da Av. Escola Politécnica, mas hoje precisei passar pelo portão principal. Aí dei de cara com o Centro de Informações. Não sei se ele está em reforma ou se é só a calçada, mas me pareceu saído dos escombros de uma guerra. Quantas lembranças boas! Quantos finais de tarde passados com o Fernando, um estudante de Geografia que trabalhava ali! Na verdade eram dois funcionários, ele e a Fany, mas ela só ficava até o meio da tarde. Não me lembro como os conheci, mas acabamos ficando muito amigos. Aprendi toda a sistemática do atendimento. Acho que foi a primeira vez que trabalhei com geoinformação. A maioria dos atendimentos consistia em desenhar o caminho da entrada do Campus até a unidade a ser visitada em um mapa pré-impresso. Como eu conhecia a USP como a palma da minha mão, era fácil e diversas vezes eu os ajudei no serviço. E não foi só de brincadeira não! Lembro-me que na posse do Prof. Dr. Waldyr Muniz Oliva como reitor fui “convocada” para ajudar a encaminhar os convidados para o Anfiteatro. Um pouco antes de encerrarmos o atendimento, de repente, entra nada mais, nada menos que o Antonio Fagundes. Ele estava perdido. Havia uma filmagem na Raia olímpica e ele não estava conseguindo localizar a equipe. Uau! Quase que me ofereci para levá-lo, mas eu não podia. Estava convidada para a festa da posse e tinha que ir sob pena de perder a amiga (Laurinha, filha do Dr. Waldyr, hoje minha comadre). Eu estava atendendo a celebridade quando entra um bando de crianças, todos meio sobrinhos do dono da festa. Quase que a festa mudou para o Centro de Informações! Eu sei dizer que o Fafá perdeu mais ou menos uma meia hora dando autógrafos. Quando a coisa acalmou, ele agradeceu muito o atendimento e me deu dois convites para vê-lo no teatro.
Mas, a melhor história mesmo aconteceu quando eu descobri que jogar aviãozinho de papel dentro daquele espaço maravilhoso era o máximo. Por ser protegido do vento e talvez pela amplitude e altura do salão, os aviõezinhos descreviam trajetórias incríveis! O Fernando e eu, quando estávamos sem fazer nada, fazíamos verdadeiros campeonatos de acrobacias com as nossas dobraduras de papel. Um dia, estávamos no meio de uma dessas competições quando entrou um senhor todo de terno e gravata perguntando como fazia para chegar à reitoria. O Fernando embranqueceu... Se houvesse reclamação ele perdia o emprego... Aí eu, toda espevitada (normalmente sou tímida, mas se é preciso me transformo...) perguntei para a figura se ele era engenheiro. “Não, senhorita, sou advogado”. Aí eu retruquei: “Que pena! Estou tentando melhorar a aerodinâmica dos aviõezinhos para um trabalho da escola. Se o senhor fosse engenheiro poderia me ajudar na tarefa”. Ele deu risada e me ensinou a fazer um modelo diferente! Ufa! Meu amigo estava salvo!
A USP como um todo sempre foi a minha segunda casa. Ou o quintal da minha casa, como sempre falo. E é bem isso! Lá eu já brinquei, corri, andei de bicicleta, namorei e vivi histórias que jamais irei esquecer.


Lilia Maria

2 comentários:

  1. Caramba Lili acho que ainda não nos conhecíamos, porque se nos conhecêssemos você poderia ter me chamado que eu levaria Fagundes onde ele precisava rsrsrsrsr
    Gostei da sua saída inteligente, como sempre, sobre os aviões para trabalho de escola. Fala sério hein!Amei sua espiritualidade.

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  2. Oi Marcinha,
    Bem que eu queria levá-lo... mas não dava... ele estava com o motorista do estudio. Imagine só! Faz mais ou menos 31 anos que aconteceu a história... Ele não ia querer passear com você! Seria pedofilia...
    Quanto à saída, depois de velha virei a Lilia Efeito Retardado... Hoje eu não sei se teria esta presença de espírito... Se bem que eu acho que é só uma questão de treino... Eu estou começando a dar resposta bem sacadas para opessoal da pós... estou ficando popular... Se é bom eu não sei, mas que é divertido isto é...

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