domingo, 20 de setembro de 2009

Hino ao amor

Quando, enfim, a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará, no Céu, te encontrar

Estes são os versos finais na música “Hyme à l'amour”, cuja letra foi escrita por Edit Piaf. Não são versos da música original e sim da versão que, quando eu era menina, cansei de ouvir na voz de Wilma Bentivegna. Confesso que gosto mais da versão do que da música em francês.
Acho que esta música despertou em mim todo o romantismo que me acompanha até hoje. Eu achava linda a declaração de amor que ela encerra... Ela deposita aos pés do amado tudo e abre mão até dos amigos para viver este amor.
Em nome deste romantismo eu queria um amor eterno, que durasse para sempre, que me fizesse prometer tudo que a Piaf promete ao amado nesta música. Eu queria mais do que um “eterno enquanto dure” , eu queria que fosse para sempre, mas nunca foi...
Acho que no fundo, no fundo, ainda procuro por este amor. Se um dia ele já aconteceu só saberei depois da minha morte, quando enfim Deus fará com que eu o encontre. Neste momento eu só posso dizer que cada um dos meus amores foi verdadeiro e pleno a seu tempo. E foram todos inesquecíveis. Um foi apenas uma promessa, o outro a realidade, a vida. Teve o sonho, mas tive que acordar e houve também aquele tão breve quanto um suspiro de alegria. Não sei qual deles eu gostaria de encontrar entre as nuvens. De repente acho que nenhum.
Que o grande amor chegue e arrebate todos os caminhos, todas as promessas e todo o tempo que me restar.
Para quem quiser ver a letra completa da música, aí está:


Se o azul do céu escurecer
E a alegria na Terra fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor...

Se tu és o sol dos dias meus
Se os meus beijos sempre forem teus
Não importa, querido,
O amargor das dores desta vida.

Um punhado de estrelas
No infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos,
Risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar

Se o destino, então, nos separar
E distante a morte te encontrar.
Não importa, querido,
Porque eu morrerei, também...

Quando, enfim, a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará, no Céu, te encontrar

Antes de encerrar quero deixar uma pergunta:
O amor morre? Ou simplesmente ele adormece?

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