domingo, 15 de novembro de 2009

Pátria amada Brasil

Sou da época que milhões de brasileiros trocaram suas alianças de ouro por outra de um metal qualquer com a inscrição “dei ouro para o bem do Brasil”. Exibir aquele “certificado de cidadania” era motivo orgulho e dignidade.
Quanto será que foi arrecadado? Onde foi para o ouro que todos doaram tão espontaneamente que nem se deram conta da chantagem a que estavam sendo submetidos? Não sei realmente responder. Eu ainda era muito criança para perceber e meu pai, que fez questão de ter a sua aliança de lata, nunca tocou no assunto.
Mas por que falar deste assunto tão antigo? É que hoje, guardando alguns papeis, parei para olhar o quanto me descontam de Imposto de Renda na Fonte (IPRF) além de tudo aquilo que está embutido em cada coisa que consumo, seja um gênero de necessidade ou uma futilidade e me senti dando o ouro, o suor, o corpo e a alma para o país que nem sequer um “certificado” me devolve.
Não sou contra que os menos favorecidos sejam ajudados, mas não acredito que o “bolsa isso” ou “bolsa aquilo” esteja trazendo mais dignidade ao povo. Programas como o “Economia Solidária” podem ser muito mais interessantes à medida que fazem todos contribuírem com a sua parcela de responsabilidade.
Fiquei encantada ao escutar o Prof. Paul Singer falar sobre a Economia Solidária em uma palestra da UFABC. Acho que ele deveria falar a respeito na TV aberta e fechada, em cadeia e em horário nobre. Creio que todas as classes sociais precisariam entender um pouquinho do que se trata. Quem sabe assim o povo começasse a pensar melhor no governo que quer ter e na sociedade em que quer viver.

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