quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Regras mnemônicas

Quando ainda era estudante descobri que tinha certas coisas que não dava para lembra sem uma certa ajudinha. Quem podia saber de cor e salteado todos os afluentes da margem esquerda do Rio Amazonas? Não sei porque, mas os meus professores não usavam muito este recurso.
Lembro-me que uma vez alguém tentou fazer uma para regras de sinais da multiplicação. Era alguma coisa assim: o amigo do meu amigo é meu amigo, o amigo do meu inimigo é meu inimigo, o inimigo do meu inimigo é meu amigo. Eu achava confusa e muito pouco prática. Sem contar que se fossemos pensar na vida real, nem sempre as coisas funcionam assim. Para os meus alunos sempre ensinei uma coisa que acho mais fácil: sinais iguais -> resultado positivo, sinais diferentes -> resultado negativo. E mais, frisava bem que só valia para a multiplicação (e divisão, claro, afinal toda divisão equivale a uma multiplicação), para a adição o negócio era pensar em créditos e débitos.
Ontem, conversando com uma turminha de ex-alunos do início dos anos 80, uma das meninas, Ângela Tonel, lembrou de uma das minhas regrinhas mágicas. Eu a chamava de Lei da Vida e servia para transformar números reais escritos na forma de radical em números reais com expoente fracionários. A regra era essa:


Quem está por cima está por dentro e quem está por baixo está por fora. E vice versa.


Assim, por exemplo:


O 3 de fora veio para baixo e o 2 de dentro ficou por cima. Fácil, rápido e sem erros...


Durante o meu tempo de professora, muitas regrinhas foram criadas. SECO e COCA para as relações trigonométricas nos triângulos retângulos, com sono e sem sono para desenhar o círculo trigonométrico, a da multiplicação de sinais que já falei acima, e outras que agora não me ocorrem, mas certamente meus pupilos lembrarão.

Lilia Maria

Em tempo: Ângela, obrigada pela lembrança. Beijo...

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