sábado, 12 de março de 2011

Misturando idéias

A felicidade se conta em contos. Este é o nome do samba enredo campeão apresentado pela Dragões da Real.
Logo que comecei a frequentar os ensaios, prestei atenção na letra da música e percebi que ela me dizia muito.

Vem ser criança vem brincar
No mundo da imaginação
Viver a fantasia
Voar com o meu dragão

Creio que todos nós, independente da idade, mantemos um lado criança, ingênuo, feliz, brincalhão, que muitas vezes sufocamos em nome de imposições da sociedade. Há quem esconde tanto este lado que deixa de sorrir, de olhar com alegria a vida que está aí, louca para ser vivida com emoção.
Depois do desfile final da sexta-feira, vou mergulhar em outro sonho que se chama “Geoinformação como ferramenta de apoio à decisão para a acomodação da demanda de Educação Infantil em escolas públicas da cidade de São Paulo”. Não sei se posso chamar isso de sonho. Geotecnologia não é sonho, é realidade e terminar este trabalho está virando um desafio.
Muitas foram as dificuldades enfrentadas no meio do caminho. Mudei os rumos do trabalho, batalhei para conseguir informações coerentes, escrevi muito, estudei muito, descobri um mundo de coisas importantes que deveriam fazer parte do meu trabalho desde o começo. Tem horas que me sinto leiga no assunto, mas tem horas que percebo a importância da experiência acumulada em anos e anos de trabalho sério e profícuo.
Se o “grand finale” do Carnaval foi o desfile apoteótico das campeãs, com relação ao meu trabalho o desfecho certamente será a apresentação perfeita das idéias (e não sonhos) que acalento desde que abracei a área da Informação.
Vamos em frente apesar de tudo. Foram justamente as dificuldades e desencontros que tornaram este trabalho cada vez mais gratificante e desafiador.
Voltar ao sambódromo com pompa e circunstância, depois da chuva que encharcou as fantasias, dos cinco tombos, de um grande corte na perna, mostrou que posso imprimir ao meu trabalho a mesma garra e determinação que andava meio perdida ao meio de tantas adversidades.
Creio que da Avenida eu me despedi para sempre, mas certamente este trabalho não será a minha despedida da Academia.

Lilia Maria

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