quarta-feira, 9 de março de 2011

Amor diferente

A porta bate com força,
O vento não a deixa em paz,
E zune através da vidraça...
E faz a chuva cair.
A tarde fica triste,
Triste fica meu coração
Pensando que havia calor no passado,
Mas passou, esfriou, acabou...
O amor, o calor, e agora a dor.
E, quando mais nada restar
Poderei de novo encontrar
A ressonância, o eco, o espelho.


Quero um amor diferente,
Que me ajude fazer o macarrão,
Que enxugue os pratos e a pia,
Que venha comigo caminhar,
Dividir, transgredir, cumpliciar,
Sempre...

Lilia Maria

Escrevi este poema no dia que resolvi que iria ser feliz. Abri portas e janelas, deixei o sol entrar. Estava pronta para recomeçar. Buscava um parceiro de jornada. Se ele acontecesse seria a melhor coisa da minha vida, mas deveria ser uma pessoa muito especial.
Minha amiga psicóloga, Sandra Cardoso, sempre me dizia que era preciso viver o luto em toda a sua plenitude para poder virar a página de verdade. Eu tinha que virar a página, não apagá-la. As experiências do passado sempre nos fazem enxergar o que almejamos para o futuro.
Hoje, começando a escrever uma nova página no livro da vida, sei muito bem o que quero e o que espero. Finalmente consigo caminhar de olhos bem abertos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário