quarta-feira, 17 de junho de 2009

Oração de São Francisco

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.



Toda vez que vejo a Oração de São Francisco não me lembro de um Francisco e sim de um Oswaldo.
Dr. Oswaldo Ubirajara Borges. Médico pediatra, amigo do meu pai, figura engraçadíssima, singular, inesquecível.
Ele e sua esposa, Da. Maria Lúcia, formavam uma dupla imbatível quando tinham que falar em cursos de noivos sobre harmonia sexual. O melhor de tudo era quando chegavam ao fim da palestra sobre o controle da natalidade por métodos naturais. Ele encerrava agradecendo aos filhos, dizendo nome por nome e enumerando com os dedos das mãos. Eu disse mãos, pois quando chegava ao fim só faltava tocar um dedo. Nove filhos (seis próprios e três herdados)! A conclusão era clara: método natural não funciona.
Quando ele faleceu, ficamos todos órfãos. Na missa de sétimo dia a Igreja Imaculado Coração de Maria estava tão lotada que não havia mais lugar nem para ficar em pé. Da. Lúcia, corajosamente, pediu a palavra e emocionadíssima declamou a Oração de São Francisco exatamente como ele fazia. Enquanto ela orava o silêncio só era quebrado por soluços abafados.
Ele estará sempre entre as pessoas que admiro. Competência, garra, coragem, dedicação são algumas das qualidades que estarão sempre associadas à sua imagem.

Um comentário:

  1. Boa noite, me chamo Flávia e o Dr. Borges foi meu pediatra. Tenho 29 anos e lembro dele até hoje, realmente sua competência e felicidade no trabalho são difíceis de se encontrar atualmente.
    Você sabe me dizer se alguns de seus filhos seguiram sua profissão?
    Abraços
    Flávia Eimantas
    (flavia.eimantas@terra.com.br)

    ResponderExcluir