segunda-feira, 8 de junho de 2009

Semana "vapt-vupt"

Esta é a semana "vapt-vupt". Nem começou já terminou. Feriadão era bom para ficar em São Paulo. A cidade ficava vazia, dava para ir ao cinema assistir aquele filme sucesso de bilheteria, dava para ir naquele restaurante que normalmente tinha fila de horas, dava para caminhar por aí sem atropelos. Enfim, eu conseguia curtir a minha cidade.
De uns tempos para cá a coisa nada mudada. O primeiro susto que levei com esta cidade abarrotada de gente, foi em 1997. Eu estava dando aulas de “Cabri Géomètre” na PUC-SP à noite. Eu saia de lá 23hs. No primeiro dia pensei:
- Que bom sair esta hora, Já não deve ter ninguém na rua. Em dez minutos já estarei em casa.
Ledo engano! Quando saí do estacionamento e peguei a Rua Caio Prado para entrar na Consolação, já estava tudo parado. Achei que era por causa da saída dos alunos da própria PUC e logo lembrei que tinha o Mackenzie e mais para cima o Anglo. Ainda bem que já tinha um celular para avisar em casa que iria demorar um pouco.
Um pouco? Demorei quase uma hora. Aquilo que eu achava que era trânsito local me acompanhou até a Vila Beatriz, onde eu morava. E foi assim todas as noites enquanto durou o curso.
São Paulo não tem mais dia nem hora. Quando minhas filhas estudavam no Colégio Bandeirantes, eu pegava congestionamento na Avenida Paulista as 6 e meia da manhã! Em geral elas acabavam indo de metrô para chegar mais rápido.
Ultimamente, como uso trem e metrô para ir à Santo André, há dias que fico inconformada com o mar de gente que circula nas estações em qualquer horário. Eu me sinto dentro de um formigueiro que acabou de ser pisado... Além da multidão de pessoas a distribuição é meio caótica, tem gente andando em todas as direções.
Quem sabe um dia eu levanto acampamento e vou curtir a minha velhice numa cidadezinha do interior! E não serve qualquer uma, pois esta loucura que vive a capital anda se espalhando! E quando chega um feriadão, aquele pessoal de vida pacata agora vem experimentar como é viver na grande metrópole.
Para encerrar o “post” de hoje, achei um poemeto que quando fiz, descobri que a minha parceira de trabalho compartilhava comigo o prazer de respirar fundo o ar frio de uma manhã de inverno, com o céu azul limpo, o sol brilhando e nos brindando com um sonoro “Bom Dia!”.

O ar frio da manhã
É como um sopro de vida
Que me desperta
E penetra em minhas entranhas.
Expande-se em meus pulmões
E me faz sentir viva,
Ativa,
Emotiva.

Bom dia sol
Que ilumina este céu límpido,
Azul,
Irradiante.
Que este seja um dia de luz,
Que a luz aqueça a minh'alma
E que ela voe livre,
Leve,
Feliz!

Bom dia mãe natureza!
Mostre toda a sua beleza
Com flores a desabrochar
E o perfume da terra molhada
Pelo orvalho que sobrou da madrugada,
Quando eu ainda estava resguardada
No quentinho do meu cobertor!

Lilia Maria
13/07/05
Para Sandra Cruzeiro que tanto gosta do ar frio da manhã

Um comentário:

  1. Pois é minha amiga, essa loucura de congestionamento que você fala é possível constatar toda 6ª e sábado, olhando a descida da Luiz Murat na Vila Madalena. Para nós existem 3 alternativas: aderir,fugir ou recolher-se e ficar olhando pela janela....

    Cidinha

    ResponderExcluir