quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mas autor já não morreu?

Lá fui eu para a primeira escola que lecionei como efetiva na Rede Pública. Estávamos em fevereiro de 1979.
O meu livrinho de Matemática tinha acabado de sair. Estava sendo adotado em todos os bons colégios de São Paulo: São Luiz, Rio Branco, Bandeirantes, Santa Cruz... Claro que resolvi adotá-lo também.
Os outros professores da casa, mais antigos, mais experientes, acharam uma loucura, afinal, era um livro que prometia ser difícil para o nível dos alunos. Eu não achava nada. Na época eu era (e sou) muito piageteana. Acreditava que não tinha nada que a gente não pudesse ensinar desde que bem preparado e estruturado. No dia que o livro chegou e foi entregue para os alunos, um pingo de gente da quinta série disparou:
- Nossa, professora, um dos autores tem o mesmo nome que você...
- Não, meu bem, não é só o mesmo nome, é a mesma pessoa, o autor SOU eu...
- Uéééé´... Mas autor de livro já não morreu????
Quase morri mesmo, mas de tanto rir...


Lilia Maria

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