sexta-feira, 1 de abril de 2011

Para sempre em meu coração

Para sempre em minhas lembranças
Vive o riso fácil de outrora,
As brincadeiras às vezes fora de hora
Que hoje me fazem sonhar.
Éramos felizes e sabíamos
Que um dia iríamos o mundo desbravar
Levando na bagagem o conhecimento
Que ganhamos e aprendemos a usar.
Éramos felizes e sabíamos
Que este tempo não iria voltar.
Quando deixo a alma solta
Nas alamedas por onde caminhávamos,
Revejo cenas de um passado distante
E toda uma história a se contar.
Era meu sonho de menina,
Tornou-se, na juventude, o meu lugar,
O meu refúgio, o meu lar.
USP, paixão eterna,
Eternamente vou te amar.

Lilia Maria

Hoje foi a colação de grau na minha filha Andrea.

Impossível estar na USP e não lembrar da minha época de estudante. Sempre digo que não estudei na Universidade, eu vivi a Universidade. E este "viver" tentei passar para as minhas filhas, USPianas como eu. Cada uma entendeu a seu modo, e as duas buscaram o que queriam encontrar para ter um futuro coroado de êxito.

Missão cumprida.

2 comentários:

  1. Lilia,
    Que bela declaração de amor, mas amar um lugar???
    Leny

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  2. Nossa Leny, dessa vez vc (quase) me pegou... rs...
    Fui lá em outra postagem, onde tento falar de amor e paixão (setembro/2010), e vi que descartei o amor por coisas que não podem me amar, feito o arroz-com-feijão, ou a USP, no caso. Eu sempre digo a todos que amor é via de mão dupla, ou seja, não se pode amar sem ser amada.
    Acho que naquela fala esqueci um detalhe: o lado platônico do amor, o amor de contemplação que pode ser entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Ele é um amor cheio de fantasias e de idealização. O ser amado é perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas. Difícil, né? Não creio que exista um ser perfeito, e a perfeição sempre está naquilo que idealizamos. Desta forma, o que é perfeito para vc pode não ser perfeito para mim.
    Bom, mas este não é o caso.
    Quando digo que amo a USP estou me referindo ao que ela significa e significou para mim, e este amor não tem nada a ver com o que eu sinto, por exemplo, pelas minhas filhas.
    Falar de amor pela USP talvez seja um abuso de linguagem, pecado que muitas vezes cometemos, mas plenamente desculpável dependendo da mensagem que se quer passar.
    Então quando digo que amo arroz-com-feijão, apenas estou dizendo que este é um alimento importante para saciar a minha fome, que seu gosto satisfaz plenamente o meu paladar e que numa lista de preferências, ocupa um dos primeiros lugares.
    Da mesma forma, amar a USP significa que esta instituição trouxe à minha vida uma bagagem de experiências e conhecimentos que foram fundamentais na construção da pessoa que me tornei ao longo dos anos. Ela não saciou a minha fome do saber, mas foi dentro dela que aprendi como buscá-lo. Claro que ela encabeça a minha lista de preferências. E digo isso da USP que conheci: Campus de São Paulo e Campus de São Carlos.
    Será que deu para entender????

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