domingo, 10 de abril de 2011

Rebeldia

Às vezes a rebeldia
Parecia irreverência,
Às vezes, infantilidade.
Às vezes era de uma pureza angelical,
Outras vezes um sacana sem igual.
Mas eu gostava de cada uma das versões.

Como você pode ir embora,
Sem ao menos se despedir?
Sem me dar o último abraço,
Sem termos aquela conversa
Que me foi muito cobrada?
Como você se foi sem me avisar?

Agora você vai ter que me esperar,
E me explicar o que foi que aconteceu.
Como sempre vou perdoar
Mais esta rebeldia.
Não importa onde você vai estar,
Um dia a gente vai se encontrar.

Reviveremos o imenso carinho
Que sempre esteve em cada gesto.
Mas enquanto isso não acontece,
Para sempre você há de viver,
No meu coração,
Na minha saudade.

Lilia Maria


Podemos perder amigos para a vida e para a morte. Os que se vão em busca de novos horizontes sempre podem voltar, mas quando os perdemos para a morte, só podemos desejar que um dia a gente possa em outro plano se reencontrar.

Este poema foi escrito para alguém que me deixou muita saudade e muitas histórias a se contar. Eu o perdi duas vezes. Para a vida quando simplesmente não dei importância para a última carta que ele me escreveu me pedindo para ir a Ribeirão Preto para conversarmos. Hoje ela me soa como um pedido de desculpas.

Quando me derem a notícia de sua morte, fizeram com muito cuidado, pois sabiam que seria difícil aceitar. Ele sempre me fez falta.

Amigos são para sempre...

Um comentário:

  1. Em tempo...
    Andei lendo as poucas cartas que restaram das inúmeras trocadas enquanto eu cursava Matemática aqui na USP de São Paulo e ele, Odontologia na USP de RP.
    Algumas eram para a namorada, outras para a irmã, a mãe, a amiga. Algumas são ilárias, outras recheadas de carinho, de afeto, de atenção.
    De tudo que falávamos, uma coisa que nunca vou esquecer é o que eu sempre dizia ao nos despedirmos:
    Caque, eu gosto de você...

    ResponderExcluir