A raposa namorava as uvas
Que pendiam em lindos cachos
No alto de uma parreira.
Até pareciam de cera
Não fosse pelo perfume da fruta
Prestes a amadurecer.
Mas raposa gosta de uva?
Resolveu mudar a história
E foi caçar lebre no mato.
Aí precisava ter tato,
Pois os bichinhos são ligeiros
E acabam entrando na toca.
Na correria do dia a dia,
Caiu em uma armadilha.
Virou presa de caçador.
Hoje é pele de madame,
Sem vontade,
Sem entranhas,
Mas por muitos cobiçada.
E assim termina a história,
Do jeito que começou.
Quem entendeu guardou pra si
A história que alguém contou.
Não há mais dia da caça,
São todos do predador.
Lilia Maria
sexta-feira, 6 de maio de 2011
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