domingo, 22 de maio de 2011

Palavras soltas

Agora eu quero contar
O que não conta a minha voz.
Voz que se cala diante da vida,
Diante do espanto
De ver o mito caído,
O anjo que era imortal.
Volta tudo ao normal,
E com um pouco de sorte
Vou encontrar meu norte,
Minha casa,
O meu canto no mundo,
Onde sou dona de tudo,
Da minha vontade,
Dos meus sonhos,
Do meu ideal.
Bem vindo à vida real!
Nela não há espaço para devaneios,
Tem seriedade,
Tem verdade,
Tem felicidade
Que divido com alguns poucos
Que não têm receios em olhar para trás.
Não me escondo diante do medo
De perder tudo
E começar outra vez.
Quem aprende a caminhar sozinho
Não para diante da ribanceira,
Dá a volta,
Refaz o caminho
E segue em frente,
Com galhardia,
Com a sabedoria,
Certo de não se arrepender
Da vida que escolheu viver.


Lilia Maria



Não sei se era isso que eu queria escrever.


Neste momento estou me sentido de novo à beira da ribanceira. É difícil fazer escolhas principalmente quando não se tem certeza de nada.

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